Plim. Plim. Plim. Plim. Plim. Plim. Plim...
Toc. Toc. Toc. Toc. Toc. Toc. Toc...
Bum. Bum. Bum. Bum. Bum. Bum. Bum...
Pééém. Pééém. Pééém. Pééém. Pééém. Pééém. Pééém...
É o ritmo das palavras atravessando os meus pensamentos. Demônios em minh'alma, marimbondos em minha cabeça. Incialmente, elas são sutis, inaudíveis como gotas de água caindo sobre a louça suja dentro da pia. Depois, se apresentam como o ritmo de sapatos femininos andado resolutos e apressados nos corredores do Fórum. Em seguida, me são como um bumbo ou um tambor de guerra, marcando a marcha de um enorme Exército. Por fim, elas tomam a forma de uma buzina... Melhor. De uma multidão de buzinas atormentando os meus ouvidos e engarrafando os meus pensamentos.
É assim que me vêm as palavras. Eu não as escrevo. Elas é que brotam por si mesmas, valendo-se da minha lapiseira. Elas nascem como uma planta daninha que se projeta ao céu, apesar do obstáculo do asfalto. Se expandem como uma trinca que arruína, aos poucos, a integridade de uma parede. Elas simplesmente vêm. São como um rio. Não. São como uma enxurrada, uma tromba d'água.
Eu, autora, levada pela força dessas águas, entre afogada e ofegante, apenas escrevo.
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