segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Poema: Ogum

I.

Ogum ferreiro, meu pai
Tem sempre me abençoado
Aos sete me salvou a vida
Com a lâmina de um arado
Um talho esguio na fronte
É a marca do meu batizado

Ogum, senhor da forja
Para sempre seja louvado.



II.

Ogum guerreiro, meu pai
Em aço tem me enfeitado
Escudos, elmos e punhais
São os adornos de um soldado
Durante os tempos de paz
Para a guerra tem me aperfeiçoado

Ogum, senhor do akoró
Para sempre seja louvado.



III.

Ogum, meu pai caçador
Prefere viver isolado
Veste-se com mariô
A palmeira é seu manto sagrado
Legou-me a introspecção
O general deificado

Ogum, senhor do facão
Para sempre seja louvado.


Brasília/DF, 05 de Julho de 2012

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