quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Notas extraídas de debate sobre Freud, com Luiz Felipe Pondé

O utilitarismo deságua numa cultura de direitos. Ocorre que direitos são tão caros quanto uma bolsa Prada. A lógica dos direitos universais é uma negação infantil, dado que ela não reconhece a escassez. Ela sonha com um mundo sustentável, habitado por uma sociedade de 7 bilhões de habitantes, todos afluentes como os estadunidenses e portadores dos mesmos benefícios sociais concedidos aos suecos.  

Notas extraídas de debate com Leandro Karnal, sobre Sheakespeare

O que é a depressão? Para Freud, a melancolia é a internalização da perda. Internalizada, essa perda transforma-se em uma sombra (ou em uma miragem?). 

https://www.youtube.com/watch?v=MM6I98SSLpc

Notas extraídas de debate sobre Freud, com Luiz Felipe Pondé

A cultura contemporânea escolheu o contrato utilitarista e o utilitarismo reduz a felicidade humana à equação: "maximizar o prazer e minimizar a dor". No utilitarismo, felicidade é poder realizar os desejos.


Ocorre que os desejos humanos são motivados tanto pela pulsão de vida (Eros), quanto pela pulsão de morte (Thanatos). Desse modo, há desejos letais, que nos jogam para a infelicidade.

Ademais, uma vez satisfeito determinado desejo, ainda que seja um desejo motivado pela pulsão de vida, se esvai a felicidade que essa conquista propiciou e surge o sofrimento, a ansiedade pela realização de um novo desejo (tese de Schopenhauer). Ou seja, realizado ou não realizado o desejo nos provoca sofrimento.

Se é assim, o contrato social utilitarista não resolverá o problema fundamental da felicidade humana. 

Ao optar pelo contrato social utilitarista, optamos pelo prazer em detrimento do amadurecimento.

https://www.youtube.com/watch?v=EdxnL5Lf8wY